úFoto: Pedro Paulo Figueiredo

Novela é cansativo e nem sempre traz reconhecimento profissional. O humor ainda me dá estabilidade. Outro dia fui a um programa de humor e me compararam com o Golias. Ele era um mestre, um gênio, mas confesso que fiquei chateada. Eu não sou humorista, sou atriz. Gosto de fazer papel de gente, de chorar, e eu sei fazer. Não é uma questão de me exibir, mas de mostrar que eu posso. Minha formação, aliás, foi direcionada para isso, para as artes dramáticas. E perco papéis por causa dessa imagem. Não me incomoda ser comediante, e sim o fato de não acreditarem que eu possa fazer outras coisas.

 

Marisa Orth
Atriz, que também faz programas humorísticos.
Outubro 2007